O Velho

Caminhando...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Essa é pra você dizer: "Porque diabos ele escreveu isso?"

Há uma diferença tênue entre o intelectual e o intelectualóide.Meu estado de vigília me faz saltar de um pra outro, da mesma forma que, no outro extremo, há poesia em essência sem a carne das palavras.
Há poesia em palavras rústicas.
Há poesia em erros de ortografia. Até em erros de digitação.Só há poesia quando erro. Em todos os sentidos. Menos no oeste, que é pra onde muitos se dirigiam.
A contramão oferece uma perspectiva única da morte.A tentativa de eternizar a poesia faz do homem um ser intelectual. O ego cria seu duplo, o intelectualóide.
Ambos vividos de forma irrestrita matam a idéia não expressada, que é a vida. Fujo dos dois, mas, como disse, acabo saltando entre um e outro.

Rumo ao oeste, dou meia volta. Não basta rumar. Há de abandonar a bagagem. A tentação de usar o que carrego é que me faz assim. E sei que carrego mais do que a média, pelo menos.

Então, realizo minha derradeira citação intelectualóide:

Brrrrrrrr....... Blá, blá, blá!!!! Teleleleleco prapapabum!!

Ufa! Que alívio.

(Cuidado com intelectualóides preconceituosos, como eu)

sexta-feira, novembro 24, 2006

Decifra-me ou te devoro.

Você já assistiu ao vídeo do Rabo de Kalango, cujo personagem principal é nosso heroi ítalo-brasileiro Giancarlo "Dorinha" Mastronardi, que vive comendo macarrão e ouvindo barulhos na escada? Hmmm... Como diria o filósofo Milton Neves: NÃÃÃÃÃÕOOO!!!????
Vai já assistir, muléke! Ora, ora, pois, pois!

Prepare-se para a complexidade anamórfica anti-estratosférica de suas frases. Precisei assistir cerca de 17 vezes para absorver tanto conteúdo. É justamente devido às constantes dúvidas que resolvi postá-las no meu blog para tentar decifrar o significado intrinsceco (é assim que se escreve?) das mais famosas frases oriundas de sua mente confusa. Peço que me ajudem, comentando nesse post. Vamos a elas:

1) "Eu cheguei aqui... eu cheguei aqui. Minha voz, não sei se está boa. Se estiver, eu cheguei aqui!"

2) "Toda intenção era colocada na minha cabeça."

3) "E aí, eu precisava disso, e isso chegou. Porque apressados são aqueles que pensam muito rápido."

4) "Eu vou sair pela culatra! Eu preciso sair pela culatra! Eu preciso sair daqui. Eu preciso de você, e você não vem. Por que? Porque eu tenho que cantar uma música!"

5) "Porque que você me persegue, se eu tenho tanta força?"

6) "E eu tento consertar minha cabeça! E você não vem de novo. E você tenta consertar com um gole de refrigerante."

7) "Eu preciso que você pare de me perseguir. Você está todo tempo comigo. E eu gosto. Claro que gosto. Porque que você não deve ficar, se toda intonação vem a tona?"

8) "Eu tento abrir a chave do seu coração mas ela perfura os meus ouvidos."

9) "Toque-me! Toque-me até eu ficar tocado. Tocado por você! Eu preciso do seu toque, eu preciso... chega! Eu não quero mais o seu pé."

10) "Não quero, pois a rua tá vazia. Só os carros de pingos e pingos que passam."

11) "Eu sou só uma criança. Levo tapa na cara."

12) "E eu ouço a sua música. Mas porque que cê tá cantando pra mim? Será que você quer cantar pra mim? Eu preciso... Porque? Eu lembro dessa música!"

13) "Quantas flores pra você! Eu deixo a flor e a cachaça, perto de uma criança como eu. É toda sua."


Lindo! Se alguém souber o que quer dizer, estou ansioso pra saber...

Agora, se não assitiu ainda, faizfavor:

http://www.youtube.com/watch?v=bHTXPOTNkds

E tente consertar sua cabeça!

terça-feira, novembro 21, 2006

Tricolor, santíssima trindade, mistura de todas as raças, símbolo da cidade de São Paulo


Não há o que discutir. A sensação é de que nada mais pode nos parar. Somos uma nação de amantes da nossa terra, nossa cidade (a maior das américas latinas), onde essas três cores que compõe sua bandeira se misturam com as cores de nossa pele, nossa mistura de raças. Vermelho sangue, negro profundo e branco éter como o espírito da floresta, onde os Tupinambás guerreavam contra os Tupiniquins, irmãos e inimigos.

Novos tempos, mesma cultura travestida de emoção. Novas crenças, mesma religião. A imprevisibilidade da direção da curva da bola que toca a testa e resvala a trave, prevista nos delírios da virgem, sonhada por um preto véio. O índio, o branco e o negro. A capoeira jogada, da bicicleta de Leônidas à raça de Fabão. A atenção do guerreiro bronzeado, como Souza ao beijar a bola, tão sofrida, intensamente . A ousadia do Europeu em avaçar driblando as ondas rumo ao nada assustador, como Rai fez e Ilsinho faz. A mistura dos três, no primeiro de todos, Freidereich, o Negro de olhos azuis e sangue indígena. Há quem diga que foi maior que o Rei.

São Paulo onde o mundo se encontra, se mistura na trindade do preto, vermelho e branco.
Há de se tornar o eterno símbolo da paz, para gerações no porvir de uma cultura que se lapida e troca a guerra insana pela alegria de estar, além de qualquer diferença,
entre irmãos.

Vai lá, vai lá, vai lá!!!!!
Vai lá de coração!!!!

Vamu São Paulo, Vamu São Paulo,

Vamu ser
CAMPEÃO!!!!

segunda-feira, novembro 20, 2006

Véio Virgem!!!

Queridos jovens!
Depois de uma certa idade, a gente passa por diversos conflitos de personalidade. Sabe como é, né? Aquele executivo bem sucedido que sonha ser cover da Madonna. Ou o avô que volta a colecionar figurinhas de futebol...

Meu caso não é diferente. Tava pensando até em fazer terapia! Nunca fiz. Nem sequer deitei no divã. Mas conheci uma pisicóloga por quem arriscaria uma primeira experiência com certeza (E, quem sabe, uma segunda, terceira...). Dra. Siglia. Independente, mora sozinha. Será que ela tem um divã em casa? Fico só imaginando...

- Doutora, eu me deito aqui?
- Sim. Por favor, levante a camisa que eu preciso lhe examinar.
- Mas, doutora! Isso não é o clínico geral que faz?
- Seu coração, bobinho! Preciso saber o que tem dentro antes de começarmos.
- Puxa, doutora! Me desculpe. A senhora sabe, é a minha primeira vez... sou virgem em divã...

Já pensou? Ai, ai...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Pronto, a caixinha se abriu

To cansado.
Porque sempre que gosto de verdade de alguém esse alguém se distancia de mim?
O que faço de errado?? Será errado abrir meu coração? Será errado tentar pra valer? Será que deveria voltar a fazer joguinhos pra ela sentir insegurança e lutar por mim também?
To de saco cheio. Será que sofro a toa?
Será que comigo só vale a pena um domingo no parque e mais nada?
Se ela quisesse mesmo, já teria lido pelo menos uma vez esse blog.
A gente se esforça quando gosta de alguém.
E, convenhamos, acessar um simples blog não é nenhum esforço...
Não a culpo. Talvez eu que não entenda o quanto pensava que entendia a natureza feminina.
Mas sou extremamente orgulhoso.
Difícil dar o braço a torcer.
Será que as mulheres só querem saber de serem usadas? Quando a gente se doa, perde a graça, pulam fora?
To muito cansado disso. Desse replay, sabe? Repete o mesmo lance infinitamente, e a jogada em questão não é bola na rede. É falta feia no meio de campo. Nem perto de um gol, nem de outro.

Taí: A tal da caixinha que falei foi aberta... talvez mais cedo do que o previsto.
Quanto ao meu orgulho, ele não me permite sofrer. Eu sei que em pouco tempo vou esquecê-la. E o que podia ser uma linda história não vai passar de detalhes desbotados nas páginas da vida.

;-(

segunda-feira, novembro 13, 2006

O pai da Isabelle


Depois que o DVD do FENAPO ficar pronto, vou poder editar qualquer coisa!
Quero só ver... Vai ficar muito legal. Mas, pra garantir a qualidade, ainda vou levar uma semana a mais do que o previsto.
Hoje teve mais uma reunião para o FENAPO 2007. Muito produtiva.
O Elíabe chorou, por causa da filha dele, que está pra nascer. Não conto o motivo exato, porque será surpresa, pro dia do casamento dele e da Vívian. Sábado agora...

domingo, novembro 12, 2006

Todas as coisas que crio são filhas minhas. Se alguém diz que uma delas é feia, nojenta, tenho que respeitar essa opinião.
Mas também não posso deixar de defender minha cria. Ainda por cima se é a filha que, no momento, mais carinho tenho. Ainda por cima se a pessoa cuja opinião difere da minha só a observou de relance, sem conhecê-la por completo. Ainda por cima se essa pessoa é alguém que também tenho muito carinho e consideração. Ainda por cima, nunca por baixo.

sábado, novembro 11, 2006

Socorro


Olha o que eu achei!!!
Minha mãe e os cinco irmãos reunídos.
Eu, na frente (quando ainda não era velho), nadando pra longe dos outros, com cara de determinado...
Como no sonho da Tati!!!
Será outro sinal?

O pesadelo do cantor

Sábado (na verdade, madrugada de sexta pra sábado), preciso dormir. Uma dorzinha de garganta está ameaçando aparecer...
Hoje à noite vou tocar no café Notas & Letras, e tenho a impressão que bastante gente vai. Tava sentindo muita falta disso!
Ontem cedo fui no teatro escola Nilton Travesso, pro ensaio do Gota D'água, do Chico Buarque. Putz, nem tinha tirado as músicas (que vergonha), mas foi muito legal. Todos são muito carinhosos por lá. Que bom é fazer um musical! Me lembrei do "Arena conta Zumbi". Saudade...
Quinta à noite, liguei pra Luane mais uma vez. Ela sempre ocupada com o exame de domingo. E eu, aqui, fazendo versos e dando nomes para pétalas de flores. O último foi "Bem-me-quer". Será? A Celli acha que sim. De qualquer modo, estou vacinado contra decepções desse tipo. Vou na onda, e deixo a onda me levar.
Por falar em onda, a Tati, minha prima, anda preocupada comigo: Disse que tem sonhado por diversas noites que eu morria afogado e ela não conseguia me salvar! Como venho tendo uns pressentimentos estranhos de morte, achei interessante.
Será um sinal? Se for, sinal de que? Mistérios da meia-noite...

sexta-feira, novembro 10, 2006

A ela, tudo que levei

Luane linda, enluarada, luzindo como louça porcelana
A lua tua que o céu cultua não flutua a toa no teu patamar
Eu, embaixo, térreo andar, lento e leve sublimado,
com o coração dilacerado,
deixo à lua a loucura e ao céu seu divã

O céu que, como eu, padece
pode em parte prever a pureza que aos poucos some

Por um exame, entristece
não caber, naquele ouvido, cantar seu nome:

derramar versos em seu corpo,
pintar poesias em sua boca,
beijar Luane

quarta-feira, novembro 08, 2006

Aventuras na cidade


Hoje o Festival Nacional de Poesia de Osasco -2006 deu um passeio comigo pela cidade de São Paulo. Pegou trêm e tudo. Digo, os vídeos do FENAPO estavam todos no meu HD, e levei o micro pra instalar outro HD (lá na Santa Efigênia) para conseguir finalizar a edição! Ai, que perigo!! Mas já tinha feito back-up de tudo.

Tive que ir e voltar duas vezes. Na primeira, fui só pra comprar o HD. Quando percebi que a coisa seria mais complicada (precisaria de uma nova fonte e um novo gabinete!!), voltei pra casa, respirei fundo, peguei a criança e refiz a viagem toda com ela nas costas. Ufa!

Mas esse papo tá muito chato. Fazer o que? Meu dia. Hoje não teve aventuras na selva nem paixões arrebatadoras. Tava lendo o blog da Briza, e acho que ela tem razão: As pessoas só comentam quando tem desgraça e sofrimento.

Porém, não vou abrir minha caixinha de infelicidades tão cedo...

P.S.: Adivinha quem é que está nessa foto? Quem acertar ganha um sorvete!

segunda-feira, novembro 06, 2006

A foto



Eis a famigerada foto do domingo (Leia a postagem "Domingo Perfeito", logo abaixo). Putz, esse jeitinho tímido é o que mais me encanta! Luane, internauta, internauta, Luane. O idoso com ela, é claro, sou eu.
Hoje o dia foi puxado, e ainda tem a reunião pro FENAPO 2007 (Vai começar tudo de novo! Oba!) . Mas deu tempo de passar no escritório do meu pai pra escanear a foto.
Fiquei todo metido com os elogios da Lucila, do Orkut, sobre esse blog do Véio aqui. (Entre nos meus scraps Orkutianos, se estiver com curiosite aguda). Desse jeito vou ficar mais convencido do que já sou (aí que ninguém me aguenta mais!). Só fiquei chateado que o comentário foi no Orkut. Aliás, galera: Peço encarecidamente que comentem o blog aqui no blog mesmo, e não no Yokurt! Se não a brincadeira não tem graça! rs

;-) Êh, felicidade...

domingo, novembro 05, 2006

Era uma vez um festival...


ATENÇÃO: Essa foto pode provocar lacrimejação nos mais saudosistas e nas pessoas que haviam perdido a esperança na cultura de nossa cidade!

Estou passando por mudanças, essa semana. Essa foto foi do dia 22, domingo, em frente ao Café Notas & Letras. Grandes amigos, antigos e novos. Não, ainda não conhecia a Luane ai. Caramba, preciso parar de falar nela, né?

Domingo Perfeito

Eu e ela no ônibus. Ela com medo de eu perder o ponto, e eu querendo perdê-lo... Mas tinha tanta coisa pra fazer, tanto ela quanto eu (editar o vídeo do festival, por exemplo). Não tinha jeito. Quinze anos! É mole? Dava no mínimo dezessete ou dezoito. O parque do Ibirapuera foi sugestão dela. Dia lindo, céu azul, nuvens solitárias e minguantes, minha mão segurava a dela. Me olhou ironicamente, como se dissesse: "Apressado, heim?". Sentamos na grama. E o beijo... bem, o beijo demorou um pouquinho (me chamou de xavequeiro!). Mas foi o beijo mais doce que eu me lembro de ter recebido! Um carinho imenso percorreu a espinha. Deu vontade de cuidar dela, como uma porcelana rara e delicada. Por alguns momentos, tive que segurar seu rosto com as duas mãos, pra ter certeza que não ia machucar. Toquei a música (sim, Anita estava junto), e Jasmins. Uma Polaroid eternizou o momento (depois posto a foto, quando escaneá-la). Tirando os "hot-dogs" que teimavam em acabar na nossa vez, foi um dia perfeito. Minto. A ausência de "hot-dogs" foi providencial. Acho que a fome aumenta o zêlo. No ponto do largo da batata, uma TV anunciava meados do segundo tempo: Tricolor ganhava do Santos por um a zero. Mas essa que poderia ser uma alegria imensa, foi ofuscada pela magia do toque, pela doçura do olhar. Lindos olhos puxadinhos... Luane! Como a Lua. E como é madura! Se nunca a tivesse visto pessoalmente, teria dado uns vinte e poucos anos. Na verdade, foi ela quem me guiou pelo parque, me levou ao ponto, salvou minha vida (quase fui atropelado, primeiro por um ônibus, depois por uma bicicleta). Ainda estou desnorteado pelo que aconteceu.
To aqui pensando se aquele ônibus não me acertou mesmo...

sábado, novembro 04, 2006

A recompensa

Saudades

Acabou.
Só ano que vem agora! Ela me disse que tinha sido emocionante. Gostou do que eu falei no palco (também, eu quase chorei, né! quase! Consegui me segurar). Tanta dificuldade, vontade de desistir e jogar tudo pro alto.
Nunca pensei que a recompensa seria tão boa!