O Velho

Caminhando...

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Blog Simpático

 

golfinho Gilbamar

 

Que bom que é ser admirado, ser aceito ou ser útil, na comunidade blogueira. É com grande alegria que anuncio ter recebido o prêmio "Blog Simpático", da amiga Serena flor, do blog Alma Poeta.

 

Tá certo, já faz um tempinho, demorei mesmo pra postar! rsrs. Mas aqui estou, anunciando os meus premiados. (Cada um pode indicar outros).

Cantinho Esotérico

Cântico das Palavras

Jardim dos Sonhos

Plenitude do Ser

Grimoire

 

Parabéns a todos!

 

;-)

quarta-feira, janeiro 14, 2009

O Lótus - Capítulo XI

Mundos distantes

 

- Um dos líquidos do meu sonho!

 

Haline não tinha dúvidas, estava no caminho certo para decifrar aquelas estranhas imagens que a atormentavam toda noite. Mesmo sem aproximá-lo do nariz, percebe seu cheiro forte e nauseante. Rapidamente, limpa a mão num pano  que deixava no laboratório exatamente para isso.

 

Timidamente, segue na direção dos guardas e vê o feiticeiro sendo aprisionado e levado para a presença do rei. Preferiu esperá-lo sair para pedir nova conferência com o governante quélti.

 

Senta-se no chão, próximo a um canto escuro, no local onde ele foi aprisionado. Começou a se lembrar de sua terra. Sentia saudades de sua mestra.

 

Lembrou-se de quando o rei Topa a havia convidado para viajar para lá. Já tinha se passado três ciclos desde que Selma partira buscando orientação sobre o caso, e nenhuma notícia da mestra havia chegado. Fora isso, notícias vinham sobre invasões nas fronteiras do reino, de um povo poderoso, chamado romani. Eles eram cruéis, vestiam armaduras que cobriam quase o corpo inteiro e reluziam ao sol. Eram extremamente organizados e determinados. Mas os quéltis eram guerreiros valorosos e destemidos, e impunham respeito em todos os adversários vizinhos. Essa era a principal razão de Haline temer essas invasões. Ela sabia que eles jamais recuariam de uma batalha, mesmo não tendo chance alguma. Sentia isso em seu coração. Como os quéltis defendiam sua terra até a morte, as possibilidades não eram animadoras.

 

Certo dia, a comitiva do rei Topa Capac chega em sua vila. Topa era filho do chefe de uma vila quélti distante, que mantinha pouco contato com a vila de Haline. Ele era jovem, um pouco mais velho que ela. Reza a lenda que seu pai, Trismegistus, havia montado um exército poderoso e excurcionado com ele por conquistas em terras distantes. Quando Topa havia completado apenas 13 verões, assumiu o comando do esquadrão de elite. E, mesmo com essa idade, seus homens o adoravam como a um deus. Muitas lendas cercavam o jovem, mas poucos acreditavam nelas de fato. De todas as histórias que cercavam o rei Topa, a mais próxima da verdade era a de como ele se tornou rei.

 

Quando notícias dos romanis surgiram, Trismegistus enviou 13 espiões para ter uma dimensão mais exata do inimigo. Descobriu que era uma força imensamente superior a deles, tanto em número, quanto em tecnologia, experiência, aliados e logística. A sorte é que parecia que os quéltis ainda não eram seu alvo. Mas o bravo chefe sabia que isso não duraria muito tempo. Precisava unir todos os quéltis. Enviou embaixadores para todas as vilas. Algumas, de menor tamanho, juntaram-se ao pai de Topa, mas a grande maioria  se recusou, desdenhando tanto a ameça, quanto o sonho de grandeza do chefe com nome estranho.

 

Não havia outra escolha. Eles precisavam conquistar o máximo possível de povos à força, para se organizarem para uma futura defesa. Para isso, o rei mandou muitos espiões para conhecer tudo a respeito desse império aterrador. Sua cultura, sua organização, seus defeitos, seu tamanho, sua sede por conquístas, seus escravos, sua tecnologia. Tudo. Como eles se localizavam na direção do nascer do sol, as conquístas de Trismegistus foram focadas rumo ao poente. Sempre vitorioso, rapidamente conquistou todos os povos, até o mar. Dentre os conquistados, alguns já possuiam meios de navegar a longas distâncias, inclusive conhecendo povos de mundos completamente inacessíveis a eles, muito além do oceano.

 

Trismegistus se procramou rei. As notícias, no entanto, eram desanimadoras. Os romanis também expandiram seu território e, agora, sabiam da ameaça dos quéltis, graças aos feitos de Trismegistus. Não havia força para a defesa, e os inimigos já os olhavam com preocupação. A única saída encontrada era rumo ao lendário novo mundo que os povos litorâneos já haviam visitado algumas vezes.

 

Graças ao conhecimento de diversos povos, o agora rei Trismegistus ordenou a construção de grandes barcos, como nunca haviam sido feitos, para levar todo seu exército, riquezas e o máximo de trabalhadores especializados que pudesse. E esses novos barcos deveriam ficar prontos rapidamente. Pouco depois de seu filho Topa completar 15 verões, partiram 52 barcos rumo ao desconhecido. Lá, com o conhecimento adquirido por anos de espionagem dos romanis, somado à cultura dos diversos povos conquistados, costruiu uma cidade com um magnífico palácio central. Sem usar da guerra, conquista a simpatia das dóceis tribos locais, que ajudam na construção. Pouco antes da finalização do palácio principal, o rei Trismegistus adoece de maneira estranha. Primeiro, muita febre, e diarréia de odor extremamente desagradável. Depois, vomitos e sangue e um amarelamento da pele. Os habitantes do novo mundo propunham que ele se tratasse com as plantas, através de um curandeiro local, mas o rei se recusava. Não tinha certeza das intenções dos feiticeiros dalí, e preferiu as fórmulas mágicas dos drúidas. Mas as plantas do novo reino não respondiam como as plantas da terra dos quéltis, e o rei acabou falecendo.

 

Seu filho, Topa, assumiu o trono. Quando os nativos sugeriram a presença de um grande feiticeiro, antes da morte de seu pai, ele ficou sabendo de Atisuanã. Quando seu pai morreu e ele assumiu o trono, foi pessoalmente conhecê-lo. Ficou tão admirado com sua sabedoria e pelo respeito que tinha entre todos, de todas as tribos, que o convidou para ser seu conselheiro pessoal. Atisuanã se recusou, mas acabou mantendo contato com o rei, que o visitava frequentemente, desejando ardentemente tornar-se seu discípulo. Topa era perspicaz e prematuro e mostrou ser conhecedor da magia quélti. Mas Atisuanã se recusou a aceitá-lo como discípulo, sem explicar a razão.

 

Depois de muito insistir, Topa desiste e resolve voltar para sua terra. Imaginava trazer algum sacerdote ou sacertotiza para estudar a magia desse povo simples do novo mundo. Foi o que fez. Mas, ao chegar em sua terra natal, não teve a recepção que esperava. Os sacerdotes se recusavam a voltar com ele. Seguiu de vila em vila, até conhecer a vila de Haline. Tão logo a viu, se apaixonou por ela. Sua beleza era incrível. Mesmo não tendo uma idade avançada e uma experiência vasta, ela era um prodígio, exatamente como ele. Já dominava muito bem a magia e sabia falar com as plantas e os animais, sempre obtendo bons conselhos. Topa não tinha dúvidas de que ela deveria ser não só a pessoa a voltar com ele para o novo mundo, como também sua rainha e esposa.

 

O rei passou a corteja-la, falando de todas as suas conquistas, seu conhecimento, seus soldados. Isso, em Haline, causou antipatia. Ela estava cansada de cortejos. Queria a liberdade, sabia que encontraria seu lugar. Queria entender seus sonhos. Sua esperança era sua mestra Selma, que não voltava havia dois ciclos. Topa, então, mudou de estratégia. Para conquistá-la aos poucos, decidiu que era preciso primeiro levá-la ao novo mundo. Então, lhe fez o convite, pedindo desculpas pela insistência anterior. Ela pensou durante alguns dias e acabou aceitando o convite.

 

______________

 

Sentada no chão, Haline se recordava de todos esses fatos e de como desejava voltar para casa. Nisso, sentiu um objeto estranho num canto escuro, próximo à parede. O retira e segue em direção da luz.

 

- O líquido!

 

Sabia que o feiticeiro o havia escondido alí. Deveria ser algo muito importante pra ele, assim como passou a ser importante para ela, quando o relacionou com o líquido de seu sonho.

 

Volta a seu quarto e tenta dormir. Pouco antes de amanhecer, percebe que não teria sossego enquanto não desvendasse esse mistério. E sabia que o rei Topa seria um obstáculo. Ela sabia que ele ainda estava apaixonado por ela e que não aceitaria que mantivesse contato com esse jovem feiticeiro.

 

Rapidamente, veste seu manto, apanha um pilão de madeira e segue para o calabouço. Chama o guarda, fingindo precisar de ajuda. Subestimando-a por ver uma mulher, acredita nela e a socorre, deixando sua lança de lado. Ela desfere o golpe em sua nuca, com o pilão e retira a chave que estava em seu cinto. Não sabia como fugiriam. Só sabia que não conseguiria mais dormir enquanto se mantivesse presa às limitações imposta pelo rei. Apenas pedia à grande mãe que a guiasse para que tomasse as decisões certas, mesmo duvidando que ela a ouvisse nessa terra onde sua magia não parecia funcionar, onde as plantas pareciam reconhecer outros mestres.

 

 

 

continua quarta-feira, 11h da manhã (GMT-3:00  Brasília/Brasil)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

O Lótus - Capítulo X

O que está em cima é o que está em baixo

 

Pela primeira vez, Naró aceita o cativeiro. Entra em sua cela de maneira serena, como raramente o fazia. O guarda, do lado de fora, apenas o observa. Ichua dorme num canto.

 

O barulho pesado da porta ecoou durante um longo instante após ser fechada. O sono do filho de Quityambó parecia pesado. A escuridão, mais uma vez, era companheira do jovem feiticeiro. Resolve sentar-se em outro canto para meditar. Não havia outra saída. Compreendia que a natureza o colocou nessa situação, já que ele não havia tomado essa atitude quando descobriu o rio seco, optando pela decisão de não voltar à tribo. Agora estava preso e o tempo corria solto lá fora. Ao invés de ser dominado pela ansiedade, preferiu confiar na sabedoria divina. Só lhe restava a meditação. Entendia ser inútil enfrentar o que estava fora de seu controle, e que isso ocorria para seu próprio aprendizado.

 

Cruzou as pernas, fechou os olhos. Ficou assim durante algumas horas. Sempre teve facilidade em silenciar a mente, mais até do que seu mestre, Atisuanã.

 

- Um discípulo é um mestre, e um mestre é um discípulo. - Costumava dizer Atisuanã para Naró.

 

Não é a toa que ele era seu único aprendiz. E, mesmo isso, não os diferenciava do restante da tribo. Sabiam que eram diferentes, que vinham de um mesmo lugar antes de nascerem, mas não eram superiores nem inferiores a ninguém. Era importante que fosse assim. Era o equíbrio perene entre todas as coisas.

 

Começou a escutar vozes. Uma multidão. Eram graves e caóticas. De olhos fechados, franzia o cenho sem perceber, tentando decifrar o que diziam. Repentinamente, elas pararam. Uma brisa fria batia em seu tornozelo e sumia, ritimadamente. Como uma respiração. Imaginou que Ichua estivesse dormindo com o rosto perto de sua perna.

 

- Ichua!

 

Não obteve resposta.

 

- Ichua! Acorde.

 

Nada, novamente. Avança com o braço e, para sua surpresa, além de não encontrar o filho mais novo do cacique, reparou que o chão havia mudado. Ande de pedra, agora havia grama. Em meio àquele umbral, decidiu continuar apalpando a grama, rastejando. Percebeu que não estava no mesmo lugar de antes.

 

- Heeeeiiiii......  - bradou.

 

Em resposta, sua voz em eco, que respondia em seguida e em seguida de novo, assim, infinitamente. Um ouvido apurado poderia continuar acompanhando esse ciclo por toda a eternidade.

 

Sentiu a brisa novamente, dessa vez em seu ombro direito. Imaginou que alguém estivesse brincando, mas se esforçou para não perder a serenidade.

 

- É - Ouviu Naró, num sussurro, vindo de trás. Era uma voz feminina.

 

Vira-se e não vê ninguém.

 

- Mestre! - Clama.

- Seu mestre não está aqui. - Disse outra voz, grave, sussurando pausadamente.

- Quem é você?

- Eu sou você. Você sempre me chamou de "eu".

 

Um sono estranho parecia dominar o discípulo. Não conseguia mais manter as costas eretas. Se lembrou de Quityambó, na oca, sentado com a cabeça encostada no chão. Sentiu vontade de imitar esse movimento do chefe.

 

- Como estou cançado! - Disse a voz.

- Como estou cançado! - Repetiu Naró.

 

Sentiu uma tontura e um leve esquecimento de onde estava. Uma angústia, sensação de estar realmente aprisionado. Num último esforço, procura por alguma réstia de luz. Nada. A escuridão era absoluta.

 

- Não existe luz. A luz é uma ilusão. - Diz a voz grave.

- A luz é uma ilusão. - Repete Naró.

 

Sente uma preguiça imensa. Necessidade de descansar.

 

- Descanse. O mundo é pesado demais! Você não precisa carregá-lo. Deite-se.

 

Naró se deita. Sentia prazer naquele descanço. Queria só poder permanecer assim, por todo o sempre. Uma sensação de tranquilidade permeada por uma angústia indefinível, crescente. O ócio aumentava a angústia. A consciência já adquirida do discípulo de Atisuanã não permitia que as coisas permanecessem assim. Algum foco de luz deveria existir, ainda que escondido, ainda que em pequena quantidade. Esse foco de luz interfiria em seu repouso. Mesmo asssim, dormiu.

 

Sonhou que estava num pântano, afundado até a cintura, carregando um objeto estranho nas costas. Era enorme, maior que uma oca. Aos poucos ia afundando mais, até o queixo. Cuspia a lama que teimava em entrar pela boca, até se deixar levar pelo peso do objeto estranho que carregava, e adormecer mais uma vez, soterrado pelo lodo.

 

Sonhou que flutuava levemente. Estava sobre as nuvens e via a enorme tribo quélti do alto. Via a represa firme, sólida, bloqueando o rio e formando um enorme lago atrás de si. O rio estava aprisionado. Nenhum esforço dos espíritos das águas poderia vencer obra tão engenhosa. Resolve descer, para ver mais de perto.

 

Toca a represa, toda feita de pesadas pedras e troncos de árvores antigas. Um poder realmente ancestral, usado para limitar outro poder antigo: A força das águas. Mas havia algo pequeno, imperceptível enquanto estava lá no alto. Uma minúscula rachadura deixava escorrer uma gota d'água por vez.  Isso o atormentava, de forma terrivelmente familiar.  Sua mente confusa procurou a resposta. O que é que ele estava fazendo mesmo alí? Num esforço de determinação, conseguiu se lembrar que estava sonhando. Estava no pântano, carregando um objeto enorme. Sim, essa deveria ser a realidade.

 

- Por que é que eu estava no pantano mesmo?

 

Não se lembrava. Estava soterrado de sonhos e inverdades.

 

- É - Ouviu novamente a voz feminina.

- O que "é"? - perguntou Naró.

- É o que é.

 

Pensou em utilizar a palavra mágica. Mas seu sono era tão profundo que não conseguia se lembrar nem como era sua pronúncia. Apenas uma palavra ainda permanecia vibrante em sua memória.

 

- Verdade! O que é verdade e o que é sonho?

- Descanse, Naró - voltou a se pronunciar a voz grave.

-Não! O que estou fazendo aqui! Quem sou eu mesmo?

- Descanse!

- Verdade! Preciso da verdade!

 

Repentinamente, desperta do sono e se vê, de novo, mergulhado na lama, carregando o enorme peso.

 

- Coragem!  - brada, lembrando-se da palavra mágica.

 

Suas forças renovam, seu sangue passa a circular. O enorme objeto se torna leve e Naró o ergue. Mais que isso, ele consegue caminhar sobre as águas lamacentas daquele brejo. Solta o enorme peso e vê que era uma grande canoa, como jamais havia visto. Tão grande que a tribo inteira caberia nela. Através de um cipó grosso que desce daquela coisa, o aprendiz escala até o topo. Havia muitas pessoas, todas se divertiam com jogos pouco familiares a ele. Poucos pareciam trabalhar. Usavam tecidos maravilhosos no corpo, com cores das mais diversas e texturas das mais perfeitas, repletos de enfeites. Era noite, mas não havia muitas estrelas no céu.

 

- Ainda não era aqui que eu estava! Tenho certeza de algo antes disso.

 

Mais uma vez, desperta e se vê com a cabeça tocando o solo, como o cacique o fazia, em sua loucura.

 

- Como era mesmo a frase do cacique?

 

Depois de algum esforço da memória, lembra-se da primeira palavra.

 

- Siriam! - grita Naró.

 

______________

 

- Naró! Acorde!

 

Finalmente desperta do que julga ser o último despertar.

 

- Ichua!

- Estava sonhando?

- Sim - diz, aliviado.

- Que susto me deu! Pensei que estivesse louco. Como...

- Como seu pai?

- Sim.

- Ichua! Precisamos voltar para a tribo! Não há mais tempo a perder. Preciso encontrar o mestre, aprender o segredo da raiz dos espíritos. E precisamos salvar seu pai.

- Aquela palavra. Siriam. É nossa casa? Sei que é nossa casa, sinto isso!

- Você também? Sim! Não compreendo o restante, mas Siriam é nosso lar. Acho que existe algo além do que vivemos, como se estivessemos dormindo e sonhando agora. Mas, como estamos sonhando há muito tempo, será difícil despertar.

- Difícil ou não, temos que fazê-lo.

- Sim. Não pode existir outro propósito. A verdade é a única coisa que nos mantém conscientes.

- Naró. Como vamos sair?

- Na hora certa. A natureza vai nos libertar quando julgar que compreendemos o que precisava ser compreendido. Não há muito o que fazer agora.

 

De repente, alguém força a porta, que se abre. É a mulher encapuzada. Faz um sinal para que eles a sigam.

 

Naró, serenamente, se levanta. Ichua vacila e olha com espanto para o aprendiz de pajé. O filho do cacique começa a perceber que há algo nele maior do que conseguia perceber. Sua fé havia aumentado. Talvez ainda houvesse esperança para todos.

 

- Você não vem? - pergunta Naró.

 

Ichua se levanta. Não havia mesmo tempo a perder, mas preferia não pensar no cenário que encontrariam quando chegassem em casa. Preferiu imaginar apenas uma forma de escapar daquela tribo enorme, cheia de guardas e outras pessoas circulando, repleta de construções e muros. Isso, sozinho, já seria um enorme desafio.

 

 

 

continua quarta-feira, 11h da manhã (GMT-3:00  Brasília/Brasil)