O Velho

Caminhando...

sexta-feira, dezembro 28, 2007

O Jardim do Luar

Clara metade de minha alma
As flores de nosso jardim
crescem sob a luz do luar
Aumenta, com a lua, minha esperança
De ofertá-las a ti
Mas o luar minguante se foi
E elas não querem mais crescer

Luminosa parte de mim

É dessa tua claridade que colho
o brilho de meus olhos
É desse teu sorriso que colho
a vontade de cantar
Porque demorei tanto
pra perceber todo esse sentimento?

Agora canto pra ninguém
Pra tua lembrança
Pro céu, pro vento

Canto pra lhe chamar
Chamo por teu amor
Amo pra entender
o que vim fazer nesse mundo
o que você veio fazer na minha vida
E o que nós fazemos
tão longe um do outro...

Não sei muito

O pouco que sei
é que depois de uma lua nova
vem sempre uma nova lua cheia

E todas as flores
que vão crescer em nosso jardim

É pra você mesmo. Sempre vai ser.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Clara luz

Eis que surge em minha frente essa menina de luz. Sorriso de lua crescente, jeitinho de molequa, olhar incompatível a qualquer forma de indiferença. E, como toda musa que se prese, inalcançável (Tem namorado e eu não gosto de destruir relacionamentos). Mesmo assim, a fascinação é uma benção irresistível. É um mar maravilhoso de sensações impossíveis de serem negadas.

 

Foi num Auto de Natal que pudemos nos conhecer melhor. Ela, como atriz, eu como músico. Como foi difícil convencê-la a me olhar! Tantos sentimentos e ela séria, concentrada nas danças. Eu, bobo, fascinado. Com o tempo as coisas foram melhorando, e eu fui ficando mais bobo ainda...

 

Difícil saber o que acontece no coração de Clara. Quais são seus medos, suas angústias. O que a fascina? Como entrar dentro de seu sentimento, dentro de sua emoção? Tentei de tudo, juro, dentro do meu limite. Ela sabe muito bem que mexe comigo, mas não é só comigo. Impossível é não gostar de Clara. Fuço os recados no Yogurte dela e vejo outros peixes fascinados com sua rede, todos babando pela sua magia de luz. Pelo encanto de seu sorriso simples, de seu talento raro, de sua voz ora doce, ora acre-doce.

 

Amo cada defeitinho dela, pois me mostram que a musa é humana. São raros e são pequenos, mas revelam que não é feita só de éter. Que o pélago profundo também pode dar pé. Pois sei que o que tenho muito dentro de mim poucos homens podem lhe dar, e aguardo ansioso a hora certa de assim fazê-lo. Mas nem tudo são rosas...

 

Ontem a levei para dormir na casa do namorado. Como doeu... Juro que não imaginei que fosse doer tanto. Acho que ela imaginava. Que fazer? Apenas a aguardo, como a terra aguarda a chegada da luz das estrelas. Pode levar, às vezes, bilhões de anos numa viagem direta. Pode levar oito minutos, se vier do astro rei. Mas virá, sei que virá! A clara luz de Clara, meu anjo, minha fortuna, minha sorte e meu azar, há de se fazer brilhante e vibrante como nunca. E farei mais do que lhe prometi: Retribuir em dobro toda a felicidade que dela vier - lhe darei a felicidade antes que imagine ser possível. Cada segundo de minha vida será dela, pois o amor que sinto é anscestral, provindo de outras vidas, de outros sonhos. E o futuro guarda maravilhas maiores, ainda não descobertas, de luz, de amor entre vários de nós, nessa caminhada humana em busca do que há de divino. Pois é com você, Clara, que quero aprender o significado mais profundo do que é amar.