Um poema resgatado
Que ótimo! Tava arrumando minhas bagunças antigas, os papéis acumulados que por preguiça não separava. Pra jogar fora o que era inútil e guardar algo importate.
Imagina o que achei?
Uma folha de caderno destacada, com um dos primeiros poemas que escrevi, com certeza há mais de 10 anos! Não coloquei data na folha (não tinha esse hábito ainda). Até separei as sílabas poéticas, dividindo com barras e númerando cada uma pra praticar. Tentei, na época, fazer os versos com 12 sílabas cada. rsrs. Nem nome artístico eu tinha ainda! Coloquei "Edson" mesmo.
Transcrevo-o abaixo, sem as anotações das divisões silábicas, é claro...
Chama-se:
Inspiração
Ao meu redor vejo tanto conhecimento
Transportando-me para impérios antiquíssimos
Até as novas belezas e os cruéis castigos
Tanta instrução, jaz inútil nesse momento
Pois o que diminuiria o meu tormento
É aquele riacho de cristalinas águas
Onde a peneira vasculha o brilhante pó
Pó este que pelo vão dos dedos escapa
E, com isso, apenas aumenta minhas mágoas
Que se antes já me faziam sentir tão só
Agora, por este poema, dou-lhe um tapa!
Pois a procura está além do último nó
Está muito além do poder da instrução
É igualmente algo importante: a inspiração!
Bonitinho, né?
;-)