O Velho

Caminhando...

sexta-feira, março 23, 2007

Sacralidade #1

Ria quem puder de meus penhascos
A certa altura, não se pode mais fugir
Os olhos fechados para a dor benvinda
As mãos salvando o rosto

do calor tóxico do vulcão
logo abaixo.

Tentei fazer um negativo da vida, sabe?
Tornar o pesadelo agradável
a angústia necessária
a dor uma benção.

E o que restou?

Do verso, a frente apenas.

terça-feira, março 06, 2007

Terapia póstuma

Abraços, até mais!

Voltei no tempo e descobri que havia morrido. Cai num vórtice silencioso e acabei parando onde nem mesmo as baratas estiveram. Foi a experiência mais indiferente que já tive (depois, é claro, daquela vez que fiquei o dia inteiro em frente da televisão). Por que será?

Talvez a comodidade me fascine. Talvez as mesmas sete notas transmitidas da minha mente ao cadáver do freixo que compõe minha guitarra, repetidas à exaustão, excitem a mim mais do que às cordas.

Não, é algo diferente. Caí num mundo novo que não me compreendeu. Era limitado demais. Voltei ao vórtice e tentei outros lugares, outros sonhos, outras alternativas. Tudo igual.

Hoje resolvi experimentar a vida real novamente. A internet, é claro. Não, o Véio não teve um derrame. O Véio voltou, viu?

E quem quer saber, afinal? Poucos comentários na minha ausência. Bom, de qualquer forma, gosto de me sentir isolado. Adoro a solidão. Minha companhia me agrada.

Não ligue se eu não ligar, não responder e-mail. Deve ser egoismo. Deve ser falta de zêlo pelos amigos. Me esforço pra me consertar, mas dali a pouco... já viu, né?

Importa que eu voltei. O Véio voltou. Hoje vi o recado da Anna Jamile. Ela voltou também!


;-)

Oi, tudo bem?