O Velho

Caminhando...

terça-feira, junho 26, 2007

Viajar é...

Viajar é...
..., apesar de toda pressão externa provacada pelo vazio interno, querer explodir e não conseguir, restando somente a fuga.
..., pelas milhares de repetições das causas que resultam sempre nos mesmos efeitos, ter o dom de ver o futuro falho ou trágico voltando à tona igualzinho ao peixe japonês do rio tietê, e querer conhecer o mar de Fortaleza.
... conhecer alguém que pode preencher aquele vácuo citado anteriormente, e esse alguém viver longe demais e não querer investir em nenhum tipo de relação à distância.
... Errar o caminho de casa que você já vez 10.400.021 vezes, apenas porque sua mente estava cuidando da metafísica dos encontros casuais.
... Conhecer uma garota especial numa festa, dançar "Eu bebo sim..." e "Sorrrrrrria meu bem!" com ela, deitar num puff (!!), admirando-a enquanto ela assiste "Deus e o Diabo na terra do sol" até adormecer e não fazer absolutamente NADA, meu Deus!!!
... Reencontrar essa garota pelo Yorkut, dizer tudo o que sentiu (e quis fazer), marcar um encontro com ela para comer esfihas em Presidente Altino, e passar uma tarde maravilhosa (ufa... tudo tem conserto, né?)
... Ter três apresentações no mesmo dia, no mesmo horário, em locais completamente diferentes e não estar nem aí pra isso!!!
Enfim, viajar é saber que tudo o que foi citado acima é verdade, acontece contigo, que você não tá nos seus melhores dias e que as coisas estão caindo em cima da tua cabeça, mas, mesmo assim, prefere postar esse texto ao invés de sair de baixo...
Putz, fudeu!!!

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

há um filme bestinha chamada "noiva em fuga" q tem uma cena genial e antológica. tá lá a moça q já abandonou vários pretendentes no altar dizendo q nesse tempo todo nunca soube como ela realmente gostava do seus ovos no café da manhã (os de galinha). a cada namorado, ela aderia ao gosto do freguês: mexidos, fritos, cozidos, moles, gema dura, etc. pois é. um belo dia alguém lhe pergunta como ela gosta dos ovos e ela... ñ sabe. grande risco esse, ñ é mesmo?
qto de nós somos nós mesmos e qto de nós é a absorção do outro? até q ponto vai o mimetismo de amor, tão docemente retratado pelo poetinha? será q nos basta sair com a roupa combinando? ou será q a cada relacionamento nos metamorfoseamos no par ideal de vaso do eleito? obÓvio q somos o resultado de um pouco de tudo q vivemos e q há na paixão e num novo relacionamento uma oportunidade ótima pra q tomemos contato com uma outra concepção de mundo, valores, prioridades, hábitos, rotinas e possamos aprender com isso, experimentar, provar, crescer, enriquecer, mas há tbm um grande perigo de abandonar seu esboço de vida e atender ao apelo irresistível de fagocitar tudo do outro, pq o outro é lindo, o outro é belo, o outro é technicolor, o outro é vibrante, o outro é interessante, o outro é melhor (o outro é a idealização do outro e dele mesmo). quem nunca fez isso q atire o primeiro ovo podre.
mas (pra tudo tem um mas) tem casos extremos (e ridículos). há quem perca completamente a identidade e se transforme num suposto par ideal do seu benzinho. chegar a ser engraçado a moça q namora um velejador e já ñ tem mais direita e esquerda, tem boreste e bombordo, só tira férias onde tem praia e vento e abomina qqr coisa q ñ exija FPS 60 e pés na água. ainda mais risível qdo o mais perto q tinha estado do mar foi uma piscina de ondas na disney. ou aquele q namora uma professora de violino, q lê a história da ópera em 12 lições e sai por aí criticando tenores, falando com pseudo propriedade de peças q ouviu duas vzs, tecendo impressões sobre orquestras, solistas, maestros e montagens q ele viu em dvd. menAs, menAs. o q é isso? vontade de agradar? companheirismo exacerbado? peloamordedeusmeame eumereçoeuquerotanto olhacomoeudouconta? uma profunda insatisfação com suas próprias referências ou a total ausência/desperzo por elas? tu ñ sentes um desespero silencioso no ar qdo vê uma situação dessas?
tenha tua vida. tenha teu gosto. tenha tuas referências. tenha teus valores. ainda q simplórios, ainda q humildes, ainda q pobres, ainda q completamente diferentes. só os teus valores vão funcionar pra ti. orgulhar-se deles, ver beleza neles, amá-los e fazer deles tu mesmo é o q faz a diferença entre o genuíno e o falso, entre o autêntico e o patético, entre o elegante e o abjeto, entre quem pode crescer e quem vai fazer de conta pelo resto da vida. a gente só é verdadeiramente amado por aquilo q realmente é. até pq logo, logo o velejador vai se apaixonar por uma dançarina de rumba q ñ diferencia uma maratona de uma regata e a professora de violino vai achar uma criatura q se interesse por algo q ñ seja ela mesma, enquanto o ser mimético vai se descabelar pensando o q diabos foi q ele fez de errado.
diga-me com quem andas e siga sendo quem és.

10:53  
Blogger Lis Bella said...

Viajar e viajar somente, em espacos ecoando o eu o seu o meu o nosso...dia dia noite noite dor dor amor horror..viajar e andar...e naum andar e parar e refletir
bjs

13:55  

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