O Velho

Caminhando...

sexta-feira, junho 08, 2007

Linha? Que linha?

To analizando o que acontece comigo ainda. Sensações sem explicação, explosões desordenadas, veneno na hora errada. Releio tudo. As explosões, principalmente.

Preciso delas, mas falta dinamite. Meu corpo precisa disso... não consigo!!! Saio pela rua pedindo pra que batam em mim, feito um bêbado qualquer. Quando olho pra garrafa que carrego, é a mesma de sempre: Água mineral! Preciso do vinho, da enganação! A enganação é a casa da verdade. O álcool não me atrai. Gosto sim, não nego. Quero estar consciênte de tudo, do universo, do despropósito, da vergonha... Sim, quero me envergonhar perante meus amigos, meus parentes. Quero fazer coisas erradas!! Erro apenas pelas ruas, ansioso pra voltar ao lar, seguindo na direção contrária.

Sou a ovelha negra dos artistas. Sou o anti-poeta. Mas mantenho a mesma angústia de estar onde estou. Preciso de incentivo. Não! Estímulo. Sim. Mentira. Sim. Preciso me atirar, e não tenho forças pra isso. Minha angústia vem da falta de angústia necessária à criatividade. Mas crio mesmo assim! Porque tenho o mais importânte: A angústia! Interessante paradoxo.

Sofro, porque não preciso sofrer.

Choro, porque sorrio demais.

Canso, porque a cama é macia, o leite quentinho, a vida morfina.

Meus vícios são ridículos! Sonhos grandes, ações patéticas. Minto, as ações não são patéticas. São raras. Demais. Paro muito. Antes de continuar. E não sei quando é começo ou continuação. Tudo fragmentado.

O importânte é que de manhã sempre me sinto bem. O sol me anestesia. Sim, ele é meu vício! É à noite que a dor me diz que eu não gosto dela (da dor), apesar da minha insistência em contrário. Uma insistência racional, que termina em confusão sensorial.

Pura crise de abstinência.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

voltamos agora com a nossa programação normal?

20:29  
Anonymous Anônimo said...

Desde que aceite que um careta maluco seja normal, sim, voltamos, minha amada!

;-)

00:25  
Blogger Adriano Veríssimo said...

Meu caro Véio!

Querer se envergonhar perante aos que se fazem presente em nossas vidas. Crises de abstinência. "Ovelha negra dos artistas". Isso está me parecendo dramas de um poeta (risos).

Somos o que pensamos. Somos o que queremos.

E o Véio, que conheço, é um escritor que mão cheia. Suas palavras se entrelaçam como música, que chega aos ouvidos com doce melodia.

Grande abraço,

Adriano Veríssimo

12:21  
Blogger Diana Valentina said...

Anrã!
agora sei que você tem uma casa...bom comprovante de endereço.
Estou sendo simpática, né?

A gente nunca conhece ninguém, você está certo.
Então.
:D

Gostei das coisas que tu escreve.
beijos!

23:37  
Anonymous Anônimo said...

Desse jeito fico sem...

rsrs

(jeito)

Obrigado, amigos! Receber elogios de gente tão talentosa e que admiro é um belo conforto ao meu ego em ruínas...

;-)

09:46  
Anonymous Anônimo said...

just in case,
tudo que se põe entre mim e a estréia é merecedor de aborto.

20:59  

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