O Velho

Caminhando...

sábado, setembro 22, 2007

Conceitos, preconceitos, Artaud e o Teatro

O Hugo esses dias colocou uma questão interessante sobre a homossexualidade e os tabús sociais com os quais convivemos (veja link ao lado"Debaixo d'água", postagem "Panis et Circencis"). Desde pequeno sempre gostei muito de filosofar, questionar e criar minhas próprias teorias sobre o mundo e sobre as coisas do mundo. Infelizmente, sou um entre poucos. Mais difícil ainda de encontrar são pessoas que foram educadas para isso .

É muito importante dar liberdade ao corpo para criar suas idéias próprias e, também importante, um senso crítico que seja ao mesmo tempo teimoso e passível de mudanças (digo corpo porque não é só a mente que pensa. Leia corpo como corpo + alma, um todo). Do excesso de passividade é que formam-se tabús que demoram tanto a ser quebrados. Cito um exemplo dentro do teatro: Se perguntam - "por que o teatro tem que ser encenado dentro de um palco em visão frontal (como na televisão)?", o condicionamento passivo provoca a respota -"Porque todo mundo faz assim!".

Vivo no teatro desde criança. Minha mãe é atriz e diretora. A música veio depois, instalou-se como profissão, mas o teatro é essencial para mim. E, assumo, mantive o condicionamento comum da grande maioria até poucos anos atrás. Claro que isso não mudou de uma vez, mas teve um "start" significativo quando conheci o agora mestre em artes cênicas pela USP Teotônio Sobrinho, sua esposa Cíntia e os escritos de Antonin Artaud.

Artaud mudou todas as bases de nossa atual sociedade. Muitos ainda não percebem isso claramente, mas suas idéias sobre mitologias primitivas permitiram que elas tivessem um respeito maior hoje em dia do que tinham no século XIX, por exemplo. Poderia me alongar nesse assunto indefinidamente, mas não preciso. Basta citar a arte pop e as performances dos anos 60, ou o "status" que tem a tal da "World Music" pelo mundo de hoje. Não confundam, não sou nenhum estudioso de Artaud! Apelas lí suas obras, conheci gente que trabalha isso no teatro e estudei um pouquinho da história da arte. Por isso, me perdoem se esqueci de algum elemento importante.

Ele, sim, foi um louco, internado e eletrocutado até esquecer o próprio nome. Mas o que os médicos não sabiam é que Artaud era o louco mais são do mundo, pois era um questionador. Um grande poeta e escritor que, paradoxalmente, não aprovava que o teatro tivesse a literatura como base e centro. Aliás, isso é assim até hoje. Basta alguém dizer - "Estamos trabalhando num novo espetáculo", que 90% perguntaria de volta - "Ah, é? E qual é o texto que estão usando?". Isso não soa um tabú horrível? Pra mim sim, e me fez sentir uma vaca pastando numa pradaria de conformidades, quando cheguei a essa conclusão.

É daí que surgem todos os tabús, minha gente! Da falta de questionamento, da ausência do tal do "senso crítico" citado no começo. Senso = percepção. Crítico = análise, julgamento. Simples assim. É não aceitar de graça todas as informações, mas também não rejeitá-las rapidamente. Há de haver um equilíbrio.

O que falta é educar nossas crianças para que reflitam, questionem, experimentem! Não digo que faço isso sempre, pois, apesar de questionar, estou preso a diversos padrões sociais que não percebo. Mas quando meu sobrinho me pergunta - "tio, pra que serve isso?", eu procuro não entregar uma resposta que ele seja obrigado a aceitar, mas sim uma espécie de "confusão positiva", que o faz tirar suas próprias conclusões.

Quem sabe, no futuro, a humanidade aprenda a transmutar-se um pouco mais rapidamente e adaptar-se à única verdade, a verdade absoluta, que não está escrita em nenhum livro, mas que é inerente ao que o próprio Artaud chama de drama universal, a essência de todos os porquês. A razão de estarmos nesse mundo.

Afinal, quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? O que fazemos aqui? Aliás, o que é o "aqui"?

28 Comments:

Blogger Lia said...

as mesmas perguntas rodeiam a minha mente, alucinandamente. confesso, tenho medo de achar algumas respostas...às vezes, é melhor apelarmos para as lentes, pois nem a verdade resolveria.

voltarei sempre :))

18:37  
Anonymous Anônimo said...

Apenas a Cr�tica T�cnica?
E a Cr�tica Social?
Pra que serve o teatro?
Pra que tem servido e pra quem deveria servir?
Estaria o teatro acima das questoes sociais assim como "se colocam as outras artes"?
A Arte � neutra?
......................

01:15  
Blogger O Velho said...

Eri, entendo o seu ponto de vista, principalmente pela situação política que vive nosso país. Não acredito em arte neutra, não. Aliás, é impossível não ser político no teatro. Se você reler meu texto, verá muita crítica social alí. Mesmo sabendo da importância da crítica social, ela é apenas um elemento que compõe a sociedade humana. Parafraseando Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia".
Artaud foi um dos poucos que conseguiu enxergar além das limitações cotidianas. Shakespeare foi um dos poucos que entendia a tragédia e a usava a favor de uma compreensão maior do universo e também do nosso meio social. Em resumo, peço paciencia! Ficaria difícil falar de todos os assuntos ao mesmo tempo, não acha? Resolvi tratar de algo que vai além da simples crítica social.

;-)

P.S.: Isso não é uma mera crítica técnica. É também crítica ideológica.

12:02  
Blogger Aryane Collin said...

Oi meu caro amigo velho, nossa adorei o texto realmente
mas acho q somos o q planejamos ser futuramente estamos sempre em estado de transformção sabe???
para onde vamos??????? talvez para onde estamos indo nesse presente momento eita, vida.....
bjão e num esqueçe de mim em ....

20:52  
Blogger H. Henrique said...

Mais meia dúzia de perguntas e meu cérebro estaria a cozinhar - rs

É simples: problemas tais existiram, existem e existirão!

Antes de mais nada, antes de pensarmos no divino, basta pensar que somos parte de um ecossistema! Deveríamos ser simplesmente um desses componentes da teia alimentar dos seres vivos, mas, nossa maravilhosa e brilhante mente, nossa espinha ereta e nossos cinco dedos na ponta de cada membro (tudo o que nos foi dado por Deus) faz com que não sejamos somente isso, mas sim, o câncer do mundo! Já sabe agora para que existimos, destruir com este para que venha o próximo.

Quanto às repostas sobre quem somos nós e afins, difícil dizer. Difícil reponder até para nós mesmos, que dirá para humanidades!

E as críticas sempre existirão! O mal só existe por contrastar com o bem, as exatas X humanas, o racional X sentimental, e eis o ser humano!

Eis que na feiúra e complexidade de tantos erros, existe a beleza desta raça cancerosa, e cancerígena! Isto nunca vai mudar! Nunca! Nem com Jesus andando por aí foi diferente!

O ponto no qual quero chegar, é que não devemos nos deixar permear por certas questões humanas sem resposta, ou por maus irremediáveis, visto que existe por aí, muita alma doente esperando somente por ouvir uma resposta - que já existe!

Levemos as respostas encontradas! Façamos arte! Deixemos o mundo mais belo e mágico, quem sabe assim o caos e o concreto não se sintam acoados?

10:02  
Blogger H. Henrique said...

P.S.1: Não existem dedos para escrever tudo o que gostaria de ter escrito, esse é só o prelúdio.

P.S.2: Já assistiu o filme "Quem Somos Nós"?
Se não, por favor, passa da hora!

10:09  
Blogger H. Henrique said...

Concordo sim! Em partes!

Claro que somos capazes de fazer o certo, e fazer com que o amor se expanda e etc, etc, etc!

Mas isso sempre houve meu caro!

Você pode acreditar no certo e no amor mas tem um carro (e se não tem gostaria), você faz lixo, você usa lápis e compra papel, você polui água, e tem uma casa de concreto onde antes sapos viviam num brejo, ou peixes nadavam, ou macacos pulavam. Você usa roupas (petróleo, celulose) e tantas e tantas e tantas e tantas outras coisas!!! Físícas quântica não reverterá os maus causados! E tampouco os reduzirá! Certamente o diretor do filme tem uma grande equipe com diversos novos carros!

Estamos numa roda que não pára Edinho, e fazemos parte dela mesmo sem querer! Podemos ter os melhores corações (o que nem sequer coloquei em pauta no primeiro comentário), as maiores noções ecológicas e filantrópicas, mas ajudar, mesmo que pouco, a deixar o planeta como está!

Concorda, ou vive numa casa de sapê?

rs

12:18  
Blogger H. Henrique said...

Até que o médico se decida por ser bom e agendar sua consulta, o câncer já tomou seu corpo in-tei-ri-nho!

Não discordo de você completamente Edinho. Se eu fosse desprovido do raciocínio que está propondo certamente viveria a base de Lexotan ou Rivotril! Já me conhece o bastante pra isso e não preciso me descrever! Acredito no bem pois sou do bem, acredito na consciência ecológica pois a possuo, acredito na cidadania pois assim procuro agir e não porque acho que a humanindade está repleta de amor e etc. Mas quando digo "câncer", não me refiro ao nosso intelecto diante da questão, ou como nosso coração bate! Me refiro a como agimos!!!

Nesse caso, não interessa quão bom é o nosso coração, temos milhões de pessoas ao redor do mundo cheias de mágica e consciência que contribuem para isso e a minha prova está no estado em que o planeta se encontra! Onde está a sua?

Quanto ao filme, espero, e sinceramente espero que você não o tenha visto como a salvação do mundo, pois enquanto pessoas como nós estamos manipulando pensamentos das formas mais positivas possíveis, existem o dobro de pessoas fazendo o inverso! Não entendi sua colocação!!!

E não luto a favor desta causa! Não acredito que é assim que o ser humano deveria ser, mas ele é! E só o que eu faço é, a duras penas, enxergar isso sem maquiagem alguma.
Pois se quero lutar contra um dia, preciso saber quem é meu inimigo.

Saca?

Acho que precisamos de álcool, cigarros e MPB para falar mais sobre isso - rsrsrsrs

15:11  
Anonymous Anônimo said...

há controvérsias.

e tenho dito. no mais, te dana !

19:49  
Anonymous Anônimo said...

às vzs, a vida é uma equação - de variáveis permanentemente cambiantes e jamais reveladas.

19:53  
Blogger Anne Caroline said...

uau! :D
dificilmente encontro pessoas que se questionam sobre isso! gostei muito das suas opinioes! *-*
beijinho! *:

22:57  
Blogger H. Henrique said...

Edinho estamos falando sobre coisas diferentes, ou nossos pontos de vista são muuuuuuito divergentes!

Resta-nos conversar pessoalmente!

rs

09:11  
Blogger O Velho said...

Anne,

Quem é você? No link que você coloca não tem nenhum blog pra mim te responder!!!

snif...

Não gosto de ficar sem responder, fica parecendo que faço pouco caso dos teus escritos!!!!

rsrs

Beijos,linda. O Véio gosta muito da tua presença, viu?

;-)

12:07  
Blogger ... said...

Bem... Jáparei para pensar diversas vezes em assuntos que rodeiam o uqe vc postou e... depois tetanto tentar descobrir como a gir com o universo, comecei a sofrer(???) com uma sensação...
Nojo! sim... em 70% das peças teatrais que vou assistir, saio de lá pensando... Por que eu faço isso? Por que estudo isso??? não é tão importante assim... então, meu pensamento envereda para a simplicidade total da vida.
Plantar, colher, comer e viver enquanto a vida permitir...
Passa uns dias e eu repugno meu pensamento anterior...
Estou tão confusa...
Qual é o valor da Arte???
As vezes tenho a consciência de que ela MUIIITO importante para o psicologico e orgânico (eles não andam juntos?)das pessoas. De todas... Mas tem horas que...
enfim...
aff...

Caroline Viana

14:25  
Blogger Adriano Veríssimo said...

É..bem...Acho que é muito difícil todos esses questionamentos. Li seu post, no começo ontem, mas como o do Hugo, esperei chegar o outro dia para eu poder raciocinar melhor as idéias, e o que penso para poder transcrever aqui.

Eu tenho certo medo nessa de querer mudar a Nação em seu modo de pensar e de agir, até por que acho que todos tem o livre arbítrio para fazer o que bem desejar, isso desde profissionalmente até sexualidade. O mundo está aí pra isso, e a vida também. Porém, não sou tão a favor do querer entender as pessoas, ou de querer mudá-las.
Uma vez ouvi e guardei "As pessoas melhoram, não mudam". E realmente creio assim.
E digo sobre isso de ser livre é: ser livre em tudo, não se prender a métricas, a formas, mesmo outros não estando de acordo. Isso pode ser no palco também. Você pode levar o que quiser, num palco italiano, numa arena, numa rua, em espaços alternativos, mas não queira que as pessoas gostem. Acho que as vezes temos a necessidade do "gostar do outro", pois então se desejamos assim, façamos o que lhes cresça os olhos, ou o que os façam pensar, ou o que marque em suas vidas pelo sentimento que for.

Vira e mexe tenho minhas crises contras atores, montagens, teatro num geral, tv, cinema, dinheiro, talento...Puts! CEA = Crise Existencia de Ator...E ela é péssima, pois como artistas, vivemos sempre mto mais intensamente, pq nós observamos mais, nos conhecemos mais, queremos sempre mais; então isso causa consequencias psicológicas e emocionais a nós.

Mas passando isso, o importante é: não gostar por obrigação, isso jamais, porém respeitar qualquer tipo de arte e fazermos a nossa, e sermos felizes da maneira que tiver que ser...

Não esquecendo que ESTAMOS EM CONSTANTE TRANSFORMACAO. O que hj é desagradavel, amanhã vc pode ser o FEITOR...

; )

beijo maninhu

16:53  
Blogger O Velho said...

Que discussão boa!!

Toda idéia que parece nova sempre gera controvérsia. No teatro, passa-se o tempo e as idéias antigas continuam soando como novas. É a efemeridade da cena!

11:02  
Blogger Adriano Veríssimo said...

Entendo o que diz Edinho, e acho bem bacana essa de querer os abrir parametros das pessoas, sabendo que poderia ser o oposto, e isso é legal. Tentar outras coisas. E sabe também que curto essa idéia do Teatro de Sensações, se assim posso chamar...Porém, como já disse, não quero impor nada a ninguém. O importante é expor o seu trampo da melhor maneira, se está a frente de algo, digo a frente no sentido, liderando, não a frente, como no palco italiano.

E acho que esse é o nosso dever, tentar, errar, acertar e ser feliz da maneira que achar melhor...

; )

15:16  
Blogger Fernanda said...

Véio... Véio... Véio... rsrs

Quase q vc escreveuma biografia hein???

Acredita que meu artigo de conclusão de curso na especialização fala quaaase daquilo q vc escreveu ali em cima???
Estou escrevendo sobre o uso do esporte na escola. NO que o esporte auxilia na formação de um cidadão crítico, de um aluno pensante, q seja autonomo...
Estamos analisando o esporte como é empregado hj em dia (que é reflexo de marcas de roupas e acessorios, midia, etc) e o esporte q deve ser ensinado nas escolas. Q busca educar, socializar, etc...

Ufa! rss
Será q expliquei direito? rsrs Fico meio atrapalhada pra falar.. rsrs ainda estamos com um pré projeto
=)

Mas gostei do que vc escreveu...

E aí, qdo vamos montar um grupo de axé pra eu cantar? hahaha

bjus!

23:38  
Blogger O Velho said...

Tem que ser de axé, Libélula?

Simbora!

rsrs

;-)

00:45  
Blogger Fernanda said...

Olá!!!

Claro q tem q ser de axé! rsrs Só tenho "voz" pra isso.. q na verdade n precisa ter taanta voz, basta rebolar rsrs
Mas adooooro! haha

então, qdo eu tiver inspirada gravo e te mando uma musica pra vc ver q sou baiana de coração com voz de Joelma! hahaha

Então, é complicado viu essa coisa do esporte... Eu sou uma das profissionais da área q defende a abordagem crítica (mesmo com todos os p´ros e contras)... ela defende o uso da arte circense, cultura, etc na formação dos alunos. E seu principal objetivo é formar um cidadão (pessoa critica, autonoma, etc) através das aulas,... O ruim é q essa abrodagem cuida mto do intelecto e deixa de lado o corpo, as partes mais esportivistas da ed fisica, q tbm acho importante.. Masssss como cada um pensa como quer, sou uma mistura de abrodagem critica com desenvolvimentista, socio construtivista... rsrsrs


Infelizmente alguns projetos só pensam em tirar as crianças das ruas...
Aí vc tira da rua, poe no esporte e pronto?! E o que vc ensina pra ela? Nada?
Então do que adianta toda a atividade fsica se a mente está vazia???

Aiai...
Se vc se interessar, procure depois por Carmem Lucia Soares, Jocimar Daólio, Mauro Betti... São autores da ed fisica q falam sobre essas abrodagens, uso da cultura e talz...
Leia uns trechinhos pelo menos... Vc vai gostar!


Qto a paixão...
Me diz se existe alguma pessoa nesse mundo que consegue olhar pro mar e não sentir nada daquilo que eu escrevi...
Td vez q vou a praia volto assim, apaixonada pelo mar..
Li uma vez um poema sobre a paixão da Lua pelo mar... Acheio lindo, mas perdi e n sei quem escreveu rsrs
Aqui a paixão é da Libélula pelo mar...
Quem me dera se existisse uma pessoa no mundo que me fizesse me senitr tão bem qto o mar...
Aiiii o mar.... Q saudade do barulho das suas ondas, da sua água q me banha e me purifica...
Amo praia! Amo mar! Amo sol!

Acrtedita q to com planos de tentar mudar pra Salvador? rsrs
To analisando as possibilidades!!! rsrsrs
Uma coisa boa é q lá n me faltará axé hehehe
E as praias de lá são liiiindas!!! Amoooooo!!!!

=)

Boa semana!!!
Se cuida filhote!
Bjo!

15:00  
Blogger Fernanda said...

Musiquinha boooa de axé...


Me leva para ver o Mar,
Ver-te Mar, verde Mar

Águas são as lentes da história
Há mistérios que demoram
Para a gente enxergar
Água transparente, mãe da Vida
Toda vez que é bebida
Lava a alma sem molhar

Alma necessita de outra alma
Que mantém a nossa calma
Num momento de aflição

Aura que o seu amor exala
Aquele que não tem alma
Não conhece o coração

Te convidei, você gostou
Vem me beber, me lava a alma
Meu amor

Me leva para ver o Mar,
Ver-te Mar, verde Mar

Vivo das flores da emoção
Uso dos frutos da estação
Pra que não pare de chover
Deixa a floresta florescer
Me leve a praia com você

Te convidei, você gostou
Vem me beber, me lava a alma
Meu amor

Me leva para ver o Mar,
Ver-te Mar, verde Mar

15:01  
Blogger Adriano Veríssimo said...

É Edinho, as vezes eu tenho a necessidade de expandir um pouco meus horizontes teatrais. Mas tudo dentro das conformidade, POR ENQUANTO. Gosto de fazer o que me é possível ser feito, exemplo, o FENAPO, sei que lá posso abusar, afinal é respeitado essas transições, interferências...Agora outros Festivais nem tanto, ou melhor jurados. Não ligo para os jurados, entre aspas, mas dependendo do Festival eu entro pra ganhar e pra isso é necessário agradar jurado; já outros, toh pouco me fodendo pelos jurados, quero experimentar, abusar, mexer de alguma forma...Entende o que eu digo!?

Estou aprendendo, e mesmo quando souber respostas, ainda assim estarei aprendendo...

; )

15:55  
Blogger Adriano Veríssimo said...

Libélula...Axé??

E o pior é que eu gosto dessa música...Babado Novo...

haushashashaushaushaush

15:55  
Blogger Adriano Veríssimo said...

É...Fico feliz de ter tocado, não agradado, mas mexido com algo dentro das pessoas com os meus espetáculos...E isso é bacana!

; )

Tá pegando fogo msm...rs

= )

17:46  
Blogger Fernanda said...

Oie!

Babado Novo... ver-te mar..
http://br.youtube.com/watch?v=qwafZ4iDQiY

Bjo!

22:52  
Blogger Dani said...

Saudações,

De imediato, peço desculpas a quem comentou e a você, Edinho. Acabei de ler o seu post e a ânsia de comentá-lo me impediu de ver a que ponto anda a discussão acerca de “Conceitos, preconceitos, Artaud e o Teatro”. Prometo voltar e me inteirar, logo que possível.

Falando como uma pessoa que se envolveu diretamente com o teatro, e tb estudando história da arte: o teatro de Artaud é loucura e lucidez; tradição e modernidade.

Curioso. Essa semana mesmo estava comentando sobre ele com alguém. Numa de suas obras ele fala sobre a cultura na sociedade ocidental e como ela muitas vezes se apresenta como um sistema de conhecimentos separado da vida “diária, de labuta”. Esta visão a gente já ouviu falar e muito: cultura é elitista e dualista. A velha dicotomia do culto X inculto.

E o que ele propõe é que sejamos seres integrados. Arte e vida não estão separadas... A arte não se encontra como algo a se apreciar, mas como algo a ser vivido. Na “vida” não há distância entre ator e platéia, todos fazemos parte do processo, ao mesmo tempo. Sendo assim, todos nós podemos nos sentir no direito de indagar e cuspir o que já veio mastigado.

Mas, falando como jornalista, esse “ler as entrelinhas” exige um pouco mais do que informação. Exige perspicácia. Tem uma tal de agenda setting que empurra milhões de informações todos os dias na cabeça das pessoas e o máximo que elas fazem é acrescentar interjeições depois do jornal.

E quem vai educar essas crianças? Seus pais? Será que eles têm noção desse desafio? Os seus professores? Estariam eles dispostos a repensar sua forma de estar no mundo? Fico preocupada porque sei que a realidade deles é bem diferente da minha. Para melhor ou para o pior, nesse caso acho que fico com a segunda opção.

Ah, e falando como “Reticências” também sou de filosofar, questionar e criar minhas próprias teorias sobre o mundo e sobre as coisas do mundo. Se precisar, estamos aí…

Não sei se me fiz entender. Tampouco se entendi o que vc quis dizer. Mas enfim...
Abçs

03:22  
Blogger Dani said...

Oi,
Postagens velhas, mas tão interessantes são sempre um convite a comentários.
Sobre o seu comentário, q vontade de pegar essa bicicleta e sair dando voltas por ai. E a trilha sonora, o que seriam das histórias sem elas?

Bjo

...

19:47  
Blogger Cynthia Lopes said...

Nossa que KAOS de respostas e perguntas! Viu, vc e Artaud se completam. Artaud, vc chegou a vê-lo em Joana Darc? Teatro e vida não se separam para Antonin. Vida que te quero vida, apenas. Gosto de ler vc, gosto de ver seu rosto pelas manhãs, já disseram o quanto vc é bonito???? rsrsrs... Cynthia

09:40  

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